Publicado no Brasil em Vertigo #35 e #36
Shunka, o braço direito de Corvo Vermelho, é mandado para pressionar outro chefe indígena dono de cassino. Dado o recado, o chefe local pede para ele resolver um probleminha seu: pressionar um dissidente que para que pare de criar problemas para o cassino. Contudo, Shunka acaba se envolvendo emocionalmente com o ativista.
Crítica: é muito interessante a forma que Jason Aaron vai retratando todos os personagens. A ação em Escalpo não é exclusivamente centrada em nenhum personagens específico, todos eles vão formando uma intrincada trama, onde todos protagonizam seus arcos revelando suas idiossincrasias. Podemos arriscar a dizer que o personagem principal é própria reserva. Dessa forma, Aaron consegue passar para o leitor uma ótima visão do todo sem, por outro lado, renunciar a abordagem individual dos personagens. No presente arco, a ação é centrada em Shunka, homem de confiança de Corvo Vermelho. Pela primeira vez na série, o leitor se inteira a respeito dele, antes sua participação se resumia a própria ação do chefe da reserva Rosa da Pradaria e pouco podíamos dizer a seu respeito. Todavia, com o presente arco composto de duas edições, nos foi revelado o quão complexo é esse personagem. Aaron nos presenteia com uma dos melhores arcos da série. A segunda edição é simplesmente visceral, a cena da piscina está entre uma das mais chocantes que já li. Sem revelar detalhes da história, é possível afirmar que o final da trama respeitou a característica da série de sempre surpreender seu leitor, como se tentasse nos lembrar sempre que não devemos nos acomodar com o final mais conveniente ou evidente. Pois bem, Escalpo se superou de novo.
Scalped #36 e #37
**** (8,0)
Vertigo | maio/junho de 2010
Panini | outubro/novembro de 2012
Roteiro: Jason Aaron
Arte: Davide Furnò
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