segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Maratona Sandman: Sandman #8

O Som de Suas Asas

"Ela o traz para perto de si. Das trevas, eu ouço o bater de poderosas asas..."

Depois de recuperar todos os seus objetos, Morpheus acaba se abatendo por não enxergar mais sentido em sua missão como Perpétuo. Pretendendo ajudar seu irmão, a Morte o leva então para um passeio para que ele relembre o sentido da sua existência.

Comentário: depois de uma sequência de edições bastante focadas na ação, Sandman agora muda sua orientação e nos traz um bela história, dessa vez envolvendo um dos Perpétuos mais charmosos e letais: a Morte. Sua primeira aparição na série não poderia ser melhor. Ela é a responsável  a fazer que o Rei dos Sonhos reaprenda o sentido do papel dele para o mundo. O passeio que ela faz encontrando todos aqueles que estão à beira da morte é de um clima extremamente pesado. Contudo, o que vemos é uma abordagem puramente poética e esperançosa desse evento que é tão inescapável quanto o nascimento: a morte. Gaiman não nos poupa das diversas facetas do fenômeno. A cena em que a Morte "visita" o recém-nascido é chocante, mais não menos bela. A Morte se apresenta como um personagem tão marcante quanto o próprio Morfeus: engraçada, espirituosa e companheira. A relação existente entre os Perpétuos começa a nos ser apresentada nessa edição, ao passo que podemos perceber a ligação existente entre eles, pelo menos entre os dois protagonistas de O Som de Suas Asas. Comentar sobre a beleza da arte de Mike Dringenberg é protocolar e absolutamente indispensável para o resultado final.


Sandman #8
***** (10)
DC Comics | agosto de 1989
Roteiro: Neil Gaiman
Arte: Mike Dringenberg e Malcolm Jones III
Cores: Daniel Vozzo

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