quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

[Galeria Nona Arte] Glenn Fabry

"A minha megalomania e a genialidade de Glenn: 
era um casamento feito no inferno." Garth Ennis

Na estréia da coluna, vamos falar e mostrar um pouco da arte de Glenn Fabry, artista do mais alto calibre nos comics e responsável por um estilo único de arte pintada, facilmente reconhecido por qualquer um. Foi através desse estilo que se tornou artista mundialmente reconhecido, ganhador do Eisner em 1995 como Melhor Capista por seu trabalho em Hellblazer. Contudo, é por seu trabalho como capista em Preacher que ele é mais reconhecido pelos fãs de quadrinhos.

















































Britânico, Fabry começou a carreira em 1985 desenhando na 2000 AD para a série Sláine, que retrata as aventuras do bárbaro cético de mesmo nome, de bastante sucesso no Reino Unido. Sobre esse período ele comenta o seguinte:

"Eu tinha a difícil tarefa de seguir Mike McMahon, um dos meus artistas favoritos. Ele caiu bem. Os prazos eram assustadores, me pediram para desenhar todos os tipos de coisas que eu não tinha considerado antes, e os turnos de trabalho de 48 horas ou mais se tornou banal - mas o dinheiro era bom, eu amei o personagem e as histórias, a série estava indo bem na Inglaterra e até mesmo chegando a bater Juiz Dredd nas pesquisas de opinião por algumas semanas (que foi um grande negócio)."[1]

Apesar da boa receptividade na época, a arte de Fabry passa ser mais reconhecida somente depois que passou a fazer trabalhos para a DC. Seu primeiro grande trabalho nessa nova fase foi nas capas da série Hellblazer, da Vertigo. Seu trabalho na revista se iniciou em abril de 1992, na edição 52, que contava com os roteiros de Garth Ennis. Steve Dillon também se juntou definitivamente à equipe criativa a partir da edição  58 da série.













































Em novembro de 1994 terminou primeira passagem pela revista, juntamente com Ennis e Dillon. Juntos eles começaram a série que iria marcar a carreira de todos eles de força definitiva: Preacher. O sucesso da parceria entre eles foi tão bom em Hellblazer que todos concordaram em trabalhar novamente nessa nova série. A iniciativa não poderia ter dado mais certo. Foi em Preacher que conhecemos o auge artístico de todos eles. Nada do que eles fizeram anteriormente poderia prever o que viria a seguir.

No artbook Preacher: Dead or Alive (ainda inédito no Brasil), em que compila as artes de Fabry feita para a série, ele faz o seguinte comentário sobre essa fase:

"Com a narrativa de estilo torcida e entrelaçada como uma cesta de cobras do Garth, e a arte de Steve, brutal e direta como um médico numa clínica de doenças venéreas - e minhas capas, dando uma bofetada na sua cara como se fosse um chicotinho, Preacher permaneceu como uma grande revista em quadrinhos que recomendaria fortemente a qualquer um."




















































Depois de seu trabalho em Preacher, Glenn teve passagens por muitos outros títulos, como Nação Fora-da-Lei (assinando as capas), Brigada dos EncapotadosLugar Nenhum, The AuthorityFrequência Global, Sandman: Noites Sem Fim (onde fez a arte da história sobre Destruição), entre outros. Depois desse período bastante fecundoFabry se manteve ativo trabalhado em seu estúdio particular, fazendo serviços para diversas empresas, como Marvel, DC, e empresas de jogos de video-games. 

Em outubro de 2012, ele lançou ao lado de Steve Niles (30 Dias de Noite), a série de terror Lot 13. Essa série estava engavetada na DC desde os tempos da Wildstorm e teve uma recepção morna da crítica norte-americana [2].

Capa da primeira edição de Lot 13


















































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